quinta-feira, 16 de abril de 2009

Usando o Twitter além das futilidades

A primeira reação que muitas pessoas têm em relação ao Twitter é de confusão. Por que iriam querer ler mensagens curtas sobre o que alguém comeu no café da manhã? É uma pergunta razoável.

O Twitter tem 14 milhões de usuários diários, que visitaram o site 99 milhões de vezes no mês passado para ler postagens feitas de celulares e computadores.

Individualmente, muitos dos "tweets" - como são chamadas as mensagens de até 140 caracteres enviadas por esse microblog - parecem fúteis. Mas, tomada em conjunto, a corrente de mensagens pode transformar o Twitter numa ferramenta surpreendentemente útil para resolver problemas e dar uma ideia do clima digital. Empresas como a Starbucks, a Whole Foods e a Dell podem saber o que seus clientes pensam de um produto, permitindo a adaptação rápida de campanhas de marketing. Na semana passada, na Moldávia, manifestantes usaram o Twitter como uma ferramenta de comício enquanto em outros países as pessoas olhavam seus tweets para entender o que se passava no país pouco conhecido.

E, no fim de semana, a Amazon.com entendeu a importância de responder ao público do Twitter. Depois que um escritor descobriu que a Amazon.com havia reclassificado seus livros com temas gays e lésbicos como "adultos" e os retirou dos rankings de pesquisas e vendas, irrompeu um protesto nos blogs e no Twitter. A companhia sentiu-se obrigada a responder apesar do feriado de Páscoa, primeiro informando que o problema se devia a "um defeito no nosso sistema", mas depois culpando um "erro infeliz no nosso sistema" que afetou mais de 57 mil livros sobre saúde e sexo.

Logo, as máquinas poderão entrar em contato com o mesmo número de pessoas através do Twitter. Corey Menscher, estudante formado da Universidade de Nova York, desenvolveu o Kickbee, uma faixa elástica com sensores vibratórios que sua esposa grávida usava para alertar o Twitter cada vez que o bebê chutava: "Eu chutei mamãe às 20:05 na sexta-feira, 2 de janeiro!" Menscher agora pensa em vender o produto.

Juntar sensores ao Twitter faz alguns pensarem que o microblog pode ser usado para enviar para casa alertas de segurança ou dizer aos médicos quando o nível de açúcar no sangue ou as batidas de coração estão muito altas. No conjunto, essas transferências de dados em tempo real podem ajudar os pesquisadores médicos. Os médicos já usam o Twitter para pedir ajuda e partilhar informações sobre tratamentos. No Henry Ford Hospital, em Detroit, os cirurgiões e os médicos residentes estavam conectados pelo Twitter durante uma recente operação para remover um tumor cerebral de um homem.

"Uma porção do crânio está sendo removida para dar acesso à dura-máter, uma membrana do cérebro", informou um tweet inicial. Os médicos residentes e os leigos curiosos que acompanhavam on-line perguntaram que música eles ouviam (Loreena McKennitt, uma cantora celta), se o paciente sentia dor no cérebro (não, só pressão) e qual era o tamanho do tumor (do tamanho de uma bola de golfe). Como é comum no Twitter, eles uniram todos seus tweets com um teclado, de forma que qualquer pessoa podia pesquisar a palavra-chave e ler a corrente de mensagens.

"O Twitter deixa as pessoas saberem o que se passa com as coisas pelas quais se interessam de imediato, no momento em que ocorrem", disse Evan Williams, presidente e co-fundador do Twitter. "No melhor dos casos, o Twitter deixa as pessoas mais espertas, mais ágeis e mais eficientes". Williams, junto com outros fundadores, Biz Stone e Jack Dorsey, concebeu o Twitter como uma maneira fácil de permanecer em contato com as pessoas conhecidas.
Fonte:Gazeta Mercantil

Um comentário:

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